O acesso ao curso se dá pela plataforma de aulas on-line da Ubique, que você encontra na área do aluno. O acesso será liberado tão logo o pagamento possa ser confirmado pela operadora. Você receberá um e-mail alguns instantes depois da matrícula informando sobre o lançamento das primeiras aulas.

O conteúdo do curso será liberado imediatamente.

Você terá acesso por 4 anos a partir da data de matrícula. Caso deseje prolongar seu tempo de acesso, fale conosco.

Para seu benefício, todas as aulas do curso são gravadas. Você pode revê-las, portanto, quantas vezes quiser.

O download não é permitido por questões de proteção dos direitos autorais. Contudo, a plataforma de exibição dos cursos Ubique é robusta e roda perfeitamente tanto em um computador desktop quanto no celular, eliminando, portanto, a necessidade do download.

O curso tem aproximadamente 64 horas líquidas de aula. Obviamente, você precisará de muito mais de 64 horas de estudo para estar preparado para a prova, considerando a necessidade de leituras da bibliografia recomendada, da resolução de questões anteriores, das revisões, etc.

Sim. Você pode parcelar o curso em até 12 vezes, na modalidade de assinatura recorrente, que não compromete o limite do seu cartão na totalidade, uma vez que as parcelas são lançadas mensalmente.

Sim. Todos os cursos do Ubique oferecem certificado de conclusão.

Claro! Na eventualidade de você ficar insatisfeito com o curso, você terá o prazo de 7 dias para cancelar sua matrícula e receber a restituição integral do valor que pagou.

A banca escolhida para organizar o concurso de 2023 foi a CEBRASPE, mas, infelizmente, não há regularidade na escolha. Desde 2002, as últimas provas foram elaboradas pela ESAF, Cespe, FCC e FGV, nessa ordem. Com relação à frequência, houve concurso a cada dois anos no período entre 2000 e 2008, todavia, de lá para cá houve concurso apenas em 2015, o que tem causado problemas graves de falta de pessoal no Ministério.

Internamente, fala-se na possibilidade de realização de concursos anuais de 2023 a 2026, mas ainda não há nenhuma confirmação oficial.

De maneira similar ao CACD, a prova objetiva cobra a Língua Portuguesa e a Língua Inglesa, por meio de questões de compreensão e interpretação de textos e de conhecimentos aprofundados de gramática.

Entretanto, diferentemente do exame para diplomatas, a prova subjetiva dos oficias repete os mesmos idiomas da prova objetiva, ou seja, apenas Português e Inglês. Em ambas línguas, as competências do candidato são avaliadas por meio de uma redação, exercícios de interpretação textual e um resumo. 

1. Classificação no concurso;
2. Ter nacionalidade brasileira; no caso de nacionalidade portuguesa, estar amparado pelo estatuto de igualdade entre brasileiros e portugueses, com reconhecimento do gozo dos direitos políticos, nos termos legais ;
3. Ter idade mínima de 18 anos completos; 
4. Estar em pleno gozo dos direitos políticos e civis; 
5. Estar quite com as obrigações eleitorais e, se do sexo masculino, também com as militares; 
6. Firmar declaração de não estar cumprindo e nem ter sofrido, no exercício da função pública, penalidade por prática de improbidade administrativa, aplicada por qualquer órgão público ou entidade da esfera federal, estadual ou municipal; 
7. Apresentar declaração quanto ao exercício de outro(s) cargo(s), emprego(s) ou função(ões) pública(s) e sobre recebimento de proventos decorrente de aposentadoria e pensão; 
8. Apresentar declaração de bens e valores que constituam patrimônio;
9. Firmar declaração de não estar cumprindo sanção por inidoneidade, aplicada por qualquer órgão público ou entidade da esfera federal, estadual ou municipal; 
10. Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições da carreira, conforme o art. 14, parágrafo único, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
11. Estar apto física e mentalmente para o exercício da carreira, não sendo, inclusive, pessoa com deficiência incompatível com as atribuições deste, condição a ser confirmada por inspeção médica por parte do Serviço Médico do Ministério da Relações Exteriores; 
12. Apresentar diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de Nível Superior, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério de Educação, comprovado por meio de apresentação de original e cópia do respectivo documento; 
13. Não apresentar antecedentes criminais e não ter sido condenado a pena privativa de liberdade transitada em julgado ou qualquer outra condenação incompatível com a função pública; 
14. Não estar incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal, nos termos do art. 137 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
15. Cumprir as determinações do Edital.

Sem nenhuma dúvida, as matérias mais importantes do concurso são Língua Portuguesa e Língua Inglesa. 

Sim, desde que seja reconhecido como diploma de graduação pelo MEC (Ministério da Educação).

Diferentemente do CACD, a prova para oficial de chancelaria é pouco previsível em relação à sua frequência e as matérias que serão cobradas, portanto, não há manuais ou guias disponíveis.

Nossos professores indicam os livros abaixo para consulta e aprofundamento, quando necessário. 

Língua Portuguesa: 

Compreender e interpretar os textos (Evanildo Bechara); 

Produção textual, análise de gêneros e compreensão (Luiz Antônio Marcuschi);

Gramática para Concursos (Marcelo Rosenthal) ou A gramática para concursos públicos (Fernando Pestana).

Língua Inglesa:

Essencial Grammar in Use (Raymond Murphy), gramática para iniciantes;

Advanced Learners's Grammar (Mark Foley), gramática para avançados;

Collocations in Use - Advanced (Odell, Mccarthy).

Noções de Direito Administrativo:

Manual de Direito Administrativo (Alexandre Mazza);

Vantagens: linguagem fácil, videoaulas, orientado para concursos e mapas mentais;

Manual De Direito Administrativo (Matheus Carvalho);

Vantagem: linguagem fácil e orientado para concursos;

Manual De Direito Administrativo (Fabrício Bolzan);

Vantagem: linguagem simplificada e disponível no formato ebook.

Noções de Contabilidade Geral:

Manual da Contabilidade Societária (Ariovaldo dos Santos, Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins e Ernesto Rubens Gelbcke).

Noções de Contabilidade Pública:

Contabilidade Pública 3D (Giovanni Pacelli).

Direito Internacional Público:

Direito Internacional Público e Privado (Paulo Henrique Portela)

Informática:

Sistema operacional Windows:
"Windows 10 para Leigos" por Andy Rathbone.

Microsoft Office 365:
"Microsoft Office 365 para Empresas" por Jorge Maia.
"Excel para Leigos" por Michael Alexander e Greg Harvey.

Redes de computadores:
"Redes de Computadores" por Andrew S. Tanenbaum e David J. Wetherall.
"Redes de Computadores e a Internet" por James F. Kurose e Keith W. Ross.

Segurança da informação e segurança cibernética:
"Segurança da Informação: Como proteger o seu negócio na era digital" por Eduardo R. Bicudo.
"Segurança de Redes em Ambientes Cooperativos" por André Ricardo Abed Grégio.

Dados: conceitos, atributos, métricas, transformação de dados:
"Introdução à Mineração de Dados" por Tan, Steinbach e Kumar.
"Análise de Dados: Modelagem Multivariada para Tomada de Decisões" por Marco Antonio Leonard.

Ciência de Dados: governança da informação:
"Big Data: Como extrair volume, variedade, velocidade e valor da avalanche de informações cotidianas" por Bernard Marr.
"Data Science para Negócios" por Foster Provost e Tom Fawcett.

De maneira geral, o estudo do Direito costuma ser bastante útil para concursos públicos em geral. Todavia, considerando o peso enorme que as Línguas Portuguesa e Inglesa costumam ter nas provas para ofchan, os cursos de Letras e Jornalismo também podem fornecer uma base interessante.

No entanto, se você não possui uma formação acadêmica que lhe ajude na prova, não se preocupe, é plenamente possível ser aprovado tendo os mais diversos diplomas universitários. Há ofchans engenheiros, juristas, contadores, jornalistas, administradores, matemáticos, etc.

Qualquer resposta será uma aproximação grosseira, mas não fugirei do desafio. Pela minha experiência, eu diria que se você estiver começando do zero (considerando aqui alguém que cumpra o requisito mínimo do edital de ter formação no ensino superior), seriam necessárias cerca de 600 horas líquidas de estudo para tornar-se competitivo. Isso significa estudar por cerca de 25h/semana, por aproximadamente seis meses, desde que aplicadas boas técnicas de estudo. Entenda que esse é um cálculo rudimentar, pois utiliza apenas o tempo como parâmetro, sem considerar aspectos subjetivos de cada pessoa.

Fatores que podem encurtar – e muito - esse tempo são: 

1. Experiência prévia em provas com edital similar;
2. Domínio das Línguas Portuguesa e/ou Inglesa;
3. Aplicação de técnicas adequadas de estudo e bom planejamento;
4. Maior disponibilidade de tempo para estudar.

Diferentemente da abordagem proposta para o CACD, em que o estudo por ciclos é, de maneira geral, mais aconselhável, sugere-se o estudo concomitante de todas as matérias para a prova de oficial de chancelaria. Essa proposta decorre da ausência de subordinação cronológica das matérias, bem como do tamanho substancialmente menor do edital. Outro fator que favorece o estudo concomitante é a imprevisibilidade da prova, o que torna desaconselhável o fracionamento do edital, pois poderá ou não haver provas em anos consecutivos. Seja precavido e prepare-se para o exame como um todo.

Considerando a objetividade da prova, acredito que a seleção de capítulos seja quase sempre mais vantajosa para as matérias técnicas (notadamente Noções de Direito e Contabilidade). Para a matéria de Raciocínio Lógico, o ideal é assistir ao curso e praticar com muitas questões. A única exceção seria a leitura complementar de obras completas, em Português e em Inglês, para ampliação da capacidade de interpretar textos complexos e aquisição de vocabulário.

As matérias mais importantes e difíceis do concurso são Língua Portuguesa e Inglesa. Sendo assim, sugere-se o início imediato de ambas. Entretanto, considerando-se a iminência do concurso, o mais adequado seria começar a preparar-se para todas as matérias.

Permitam-me aqui adaptar a resposta do professor Marcílio para o FAQ do CACD, uma vez que a resposta é completa e bastante elucidativa para o estudo para fins de provas que avaliam somente competências escritas, em qualquer idioma.

“Excelente pergunta. Veja que a resposta seria totalmente diferente se fosse dirigida a alguém que quer aprender a falar um idioma.

A prova cobrará apenas um conjunto de competências linguísticas muito bem definido. Elas são: a capacidade de escrever uma redação, um resumo, uma interpretação de texto. Obviamente, pressupõe-se o domínio mais próximo do perfeito possível da gramática normativa do idioma, bem como o conhecimento de vasto vocabulário. Lembre-se de que a prova de idiomas é defensiva, ou seja, você é punido pelos erros em uma proporção maior do que é premiado por acertos. Nada, portanto, de tentar impressionar a banca com vocabulário excessivamente erudito ou texto pedante.

O princípio da especificidade, quando aplicado ao estudo dos idiomas, dita que os conteúdos gramatical e de vocabulário são assimilados de maneira mais eficiente — tendo em perspectiva o que a prova cobra — por meio da prática de atividades análogas àquelas de prova, ou seja, do treino das competências específicas. Sendo assim, tirar-se-á melhor proveito do conhecimento da gramática quando ela é usada praticada nos exercícios de resumo e redação. Igualmente, aprende-se vocabulário escrevendo. As palavras novas são adquiridas por meio da leitura e da própria necessidade identificada em um momento em que você quer exprimir a ideia que elas representam, seja nas redações, seja nos resumos.

Esse é, inclusive, o fundamento do curso de idiomas do Ubique. As aulas e atividades são voltadas para assimilar o conteúdo (gramática e vocabulário) ao mesmo tempo em que se desenvolvem as competências linguísticas específicas do concurso.

Por fim, o pior erro que o iniciante dos idiomas pode cometer é matricular-se num curso de conversação de uma das línguas da prova para supostamente ter uma base antes de começar uma preparação específica para o concurso. Perderá tempo, dinheiro e abrirá mão de, desde o início da preparação, tornar-se mais competitivo nas habilidades específicas que a prova de fato cobra.

Marcílio Falcão

@falcao.marcilio”

Há várias táticas e métodos que você pode aplicar para garantir que não vai esquecer o que estuda:

• Alocar uma quantidade razoável de horas semanais, que deve ir incrementando ao longo da preparação, na revisão do conteúdo passado;
• Escolher e aplicar as técnicas de estudo que mais ajudam na retenção e resgate ativo do conteúdo estudado;
• Quebrar os estudos com períodos longos (de até três semanas) dedicados apenas a avaliações e revisão de conteúdo;
• Teste sua capacidade de resgate e reconstrução mental, oral e escrita do conteúdo de um resumo, mapa mental, fichamento ou outro instrumento de estudo. Quanto melhor você conseguir descrever os detalhes que incluiu neles, melhor terá sido o aproveitamento;
• Escreva sobre o que estudou. A escrita de textos, além de favorecer a retenção do material, desenvolvem a expressividade e a fluência no tratamento dos temas, que são competências valiosas nas fases discursivas;
• Busque formas ativas de usar o conteúdo: escreva resumos de cabeça, dê aula, treine questões objetivas ou discursivas;
• Sempre que estudar algo, tenha claro aquilo de que quer se lembrar. Parece óbvio, mas raramente definimos objetivos pedagógicos quando nos entregamos à leitura;
• Tenha momentos de accountability sempre que estudar algo. Faça a si mesmo perguntas do tipo: O que foi que aprendi de mais valioso a partir dessa leitura? Há algum ponto que merece novas revisões? Como eu resumiria o que estudei em dois minutos? Tem algo de que não aprendi nada? Como essa leitura se integra com outros estudos que realizei sobre o mesmo tema? Quais palavras novas ou maneiras de se expressar eu aprendi a partir desse estudo? 

Bruno Rolim

É possível ser lotado em praticamente qualquer área do Itamaraty, com raras exceções. Normalmente, os oficiais de chancelaria contam com maior autonomia para desempenhar seu trabalho em áreas tipicamente administrativas, de cooperação comercial e consulares.

Sim, é possível trabalhar nos escritórios regionais do Itamaraty espalhados por alguns estados brasileiros. No entanto, a sua primeira lotação será a Secretaria de Estado, em Brasília, e você poderá levar meses ou anos para conseguir ser transferido para um dos escritórios. Não conte com isso.

As principais funções de um oficial de chancelaria no Brasil estão ligadas à administração patrimonial, gestão de inventário, elaboração de processos licitatórios e execução orçamentária. Atividades ligadas ao setor cultural e a promoção comercial também são possíveis.

De maneira geral, é impossível exaurir todas as possibilidades de atuação de um ofchan no Brasil. Apenas a título de curiosidade, há colegas que já atuaram, no âmbito da SERE como pregoeiros; planejadores, fiscais e gestores de contrato; revisores de texto, entre outras funções técnicas e de gestão. A lista é grande e diversa. Resumidamente, o desempenho das atividades consulares, administrativas e todas as atividades nos bastidores da política externa brasileira contam com o trabalho de um oficial de chancelaria.

Com certeza! Aliás, isso é bastante comum.

Via de regra, o MRE organiza um ciclo de remoções a cada 6 meses, por meio de portaria específica para esse fim. Considerando que a remoção ocorre no interesse da Administração Pública, as regras podem variar, desde que obedecidos os ditames das Leis nº 8.829/93 e nº 11.440/06.

No caso dos oficiais e assistentes de chancelaria, de acordo com a lei, é necessário obedecer ao estágio mínimo de dois anos de efetivo exercício na SERE antes de pleitear uma vaga no exterior. 

Em relação às possibilidades de escolha, as últimas portarias apresentaram as seguintes regras para a primeira remoção: dois anos de SERE para remoções para postos D, três anos para postos C e quatro anos para postos B ou A. Já para os demais ciclos: um ano de SERE para postos D, dois anos para posto C e três anos para postos B ou A.

É possível e acontece com frequência. No entanto, como em qualquer órgão, é necessário diálogo com a chefia, paciência e alguma negociação para concretizar a mudança. Se a falta de pessoal não fosse tão aguda, acredito que a troca de lotação na SERE seria mais simples, pois a cultura organizacional do Itamaraty é favorável à rotatividade.

Uma embaixada lida com os temas referentes às relações entre dois Estados, incluindo, mas não se restringindo, representação, negociação e diálogo em nível oficial para assuntos de natureza diversa.

Um consulado trata das relações entre o Estado e o povo, especialmente (mas não somente) seus respectivos nacionais expatriados, e oferece uma série de serviços de natureza cartorial ao cidadão, como atestados de diversas naturezas, procurações, provas de vida, bem como emissão de vistos e passaportes, e podendo também atuar como ponte com a comunidade local.

Já as missões são representações específicas junto a órgãos multilaterais, como a ONU, OMC ou União Europeia, e são responsáveis pela interlocução direta com esses entes.

Cada país possui tem apenas uma embaixada em cada nação com as quais tem relação, (quase) sempre na capital local, mas não há limites para o número de consulados.

Alexandre Alvim

Grosso modo, as repartições em localidades ao redor do mundo são classificadas de acordo com determinadas características, como sua importância para a política externa do país acreditado, qualidade de vida, segurança, distância da sede, etc. Critérios semelhantes são utilizados por (quase) todas as chancelarias, e o Brasil as agrupa em diferentes categorias, no caso, de A a D. Exemplos de Postos "A" incluem embaixadas em capitais de grande influência no mundo desenvolvido, como Washington e Paris, e exemplos de Postos "D" incluem Vice-Consulados em região de fronteira ou embaixadas em países afetados por conflitos ou desastres naturais, como Lethem e Porto Príncipe. Um mesmo país pode conter repartições de grupos diferentes, visto que embaixadas costumam ter proeminência sobre consulados em termos de prestígio. Tóquio (B) e Hamamatsu (C) são um exemplo.

Alexandre Alvim

Quando lotado no exterior, o oficial de chancelaria exerce funções tipicamente administrativas e, quando a missão é um Consulado ou uma Embaixada com setor consular anexo, funções consulares.

Quando designado como vice-cônsul, possui a prerrogativa de ser uma autoridade consular e pode desempenhar tarefas relacionadas à autorização de visto, emissão de documentos de registro, além de prestar assistência aos brasileiros no estrangeiro. Em resumo, pode-se dizer que o trabalho consular abrange todo o ciclo de vida do brasileiro expatriado, da emissão de sua certidão de nascimento até o seu atestado de óbito.

O tempo máximo permitido é de 5 anos em cada posto e 10 anos consecutivos no exterior, podendo haver extensão para 12 anos, no interesse da Administração. Esses dois anos extras normalmente são disponibilizados aos que estão dispostos a servir em postos específicos, normalmente com condições de vida mais difíceis.

Pode, mas as consequências da recusa variam se ele estiver lotado no Brasil ou no exterior. Da SERE, a recusa dos postos que lhe foram ofertados implica a saída do plano e permanência no Brasil. Por sua vez, se o oficial de chancelaria estiver servindo no exterior, a recusa significa retorno à SERE. Em ambos os casos há usualmente uma repescagem, com a disponibilização de algum outro posto além dos inicialmente ofertados.

Aproveito a resposta da colega diplomata Raquel sobre o que são os tais privilégios e imunidades, complementando, de antemão, que os oficiais de chancelaria também estão abarcados por eles, a depender da função exercida, conforme você pode observar na tabela a seguir: 

(https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/cerimonial/privilegios-e-imunidades/privilegios-e-imunidades-de-missoes-diplomaticas#tabela)

“Na prática, funcionam como na teoria.

As regras estão previstas nas Convenções de Viena de Relações Diplomáticas (para Embaixadas) e de Relações Consulares (para Consulados de carreira, não honorários).

O que é importante apreender das referidas convenções é o objetivo principal desses acordos: garantir às missões o desempenho de seus trabalhos.

Privilégios e Imunidades não são para benefício de indivíduos, mas das boas relações entre Estados soberanos.

Com isso em mente, você consegue compreender como e porque existem aqueles princípios.

Se é garantida a inviolabilidade da missão, das correspondências, é para garantir a livre comunicação do governo com seus postos; de maneira livre e independente de pressões políticas.

Se há isenção de alguns impostos e taxas, é porque constituem os meios necessários ao funcionamento da missão/.

Energia, comunicações, combustível, compra de veículos... esses são, no geral, os impostos dos quais diplomatas e missões podem ser isentos.

No entanto, um dos princípios basilares das CVRD e CVRC é a reciprocidade.

Por exemplo, se um país não concede isenção de impostos a outro, seus postos e servidores também não usufruirão desses privilégios no exterior.

Ademais, muitos têm curiosidade sobre crimes e contravenções.

Há a ideia de que, por ser o diplomata inviolável e por possuir imunidade de jurisdição, ele pode fazer o que quiser.   

Lembrem-se do intuito do acordo: o objetivo é garantir a liberdade para o trabalho eficiente e evitar perseguição política.  

Assim, a imunidade da qual usufrui o diplomata não é dele, mas do país acreditante.

Se ele comete um crime, duas coisas podem acontecer:

1. a) O país acreditante renuncia à imunidade e ele responde por seus atos no país em que cometeu a infração;
2. b) O país acreditante chama o diplomata de volta e ele responde pelo crime no seu país de origem.

Muita matéria jurídica para ser discutida neste tema.

Mas, respondendo à sua pergunta de maneira bem objetiva: na prática, diplomata paga as multas sim.

Raquel Naili”

São as formas legais de exercício no exterior permitidas aos servidores federais, consoante a Lei nº 5.809/72. As missões permanentes são aquelas em que o oficial de chancelaria muda a sua sede e possuem duração máxima de 5 anos, independentemente da classificação do posto que será ocupado (A, B, C ou D). Por sua vez, as missões transitórias têm duração máxima de 1 ano, implicando mudança de sede ou não, a depender de sua duração e da vontade do servidor. Na prática as missões temporárias costumam ter no máximo 3 meses e ocorrem no âmbito da abertura de novos postos, para substituição temporária de servidores em licenças prolongadas, para reforço em consulados localizados em países em crise humanitária, entre outros motivos. Por fim, as missões eventuais nunca envolvem mudança de sede e são limitadas a 90 dias, muitas vezes para participação em eventos internacionais ou para prestação de apoio técnico de curta duração.

Você deverá esperar o período mínimo de 2 anos para inscrever-se novamente no plano e mudar sua lotação. Se o servidor quiser retornar à SERE antes desse prazo, deverá ressarcir à Administração os custos de sua alteração de sede (ajuda de custo, passagens, mudança), nos termos da lei. Somente em casos muito graves o Departamento de Pessoal avalia o retorno antecipado no interesse da Administração (sem custos para o servidor).

Não é obrigado, mas lembre-se que o tempo de exterior é pré-requisito para promoção na carreira.

Nesses países, a experiência impõe alguma forma de carestia, seja para a aquisição de bens, seja para a vida social. Em Bagdá, por exemplo, a chancelaria e a residência dos servidores funcionam juntas numa espécie de 'bunker', e a falta de segurança recomenda que não se deva movimentar muito pela cidade. Em certas capitais de países africanos, não apenas o comércio será limitado, mas também as opções de tratamento pela falta de estrutura, e casos de saúde mais delicados precisam ser tratados fora dali. A criminalidade também pode ser uma questão premente fora de certas "ilhas de segurança". De qualquer forma, isso não descreve a realidade todos os Postos 'D', já que mesmo dentro desse grupo há considerável variação na qualidade de vida.

Alexandre Alvim

Um oficial de chancelaria é sempre um oficial de chancelaria. Diferentemente dos diplomatas, não há a diferenciação em cargos com a progressão na carreira. No nosso caso, a divisão é feita em classes, sendo elas A, B, C.

A progressão ocorre pela mera passagem do tempo, com interstício mínimo de 12 meses. Quando o servidor completar 1 ano de efetivo exercício no último padrão da mesma classe, passa a concorrer à promoção, desde que preencha outros requisitos legais, como por exemplo tempo de exercício no exterior e aprovação em cursos internos.

Felizmente, o MRE conta com uma divisão específica para oferecer aperfeiçoamento aos seus servidores. Se houver interesse, é possível realizar diversos treinamentos no decorrer da carreira.

Com certeza. São inúmeros os colegas mestres e doutores. Aliás, se você sonha em estudar no exterior, poderá alinhar sua remoção com seus objetivos acadêmicos e aproveitar excelentes oportunidades. No entanto, títulos acadêmicos não ajudam na progressão de carreira e tampouco aumentam a remuneração do servidor.

Política entendida como classe de representantes eleitos nada tem a ver com a sua capacidade de ascensão profissional como oficial de chancelaria. Todavia, a política no sentido de saber cultivar bons relacionamentos é muito importante, uma vez que no sistema atual de promoção por merecimento, 15 dos 25 pontos possíveis são conseguidos pela votação entre pares, avaliação da chefia corrente e elogios registrados.

Considerado o último reajuste, o subsídio inicial de um oficial de chancelaria passou para R$ 10.169,77 e o final para R$ 14.882,29.

Honestamente, esse é um dos principais atrativos para quem almeja uma vaga como oficial de chancelaria do Itamaraty. Apesar do salário bastante corroído pela inflação no Brasil, os membros do Serviço Exterior Brasileiro ainda seguem com remunerações atrativas no exterior. 

Como exemplo, um servidor sem dependentes e em início de carreira recebe algo entre USD 5.475,60 em Quito (pior remuneração) e USD 9.913,80 em Bagdá (melhor remuneração).

O oficial de chancelaria no Brasil tem direito a auxílio-alimentação no valor de R$ 658,00, apartamento funcional em Brasília e plano de saúde.

Quando removido, tem direito a auxílio-moradia, plano de saúde com cobertura internacional, gratificação por tempo de exterior e adicional por dependente.

Nas mesmas ocasiões que os demais servidores públicos: para tratamento de saúde, para gestante/adotante/paternidade, por acidente de serviço, para tratar de interesses particulares, etc.

Clarissa Machado

O Itamaraty possui diversos apartamentos em Brasília que são cedidos aos servidores que não possuem imóvel próprio no Distrito Federal. Na prática, o servidor se inscreve em uma lista, organizada por ordem de antiguidade na carreira, e aguarda a oferta das chaves disponíveis. Com a carência atual de pessoal, não está difícil conseguir um apartamento, mas nem sempre foi assim. 

No exterior há auxílio-moradia em forma de reembolso. Os limites de valor são, de maneira geral, suficientes para acomodar confortavelmente uma família em um bom ponto da cidade.

A Lei do SEB é a de nº 11.440/2006, sendo também aplicável aos servidores a Lei nº 8.112/90. Em especial aos oficiais e assistentes de chancelaria aplica-se também a Lei nº 8.829/93.

Não há paridade e integralidade para os servidores que ingressaram no serviço público após 2003. A referência é o salário no Brasil.

As regras são as mesmas para qualquer servidor público. A idade mínima para aposentadoria, se mulher, é 62 anos, sendo 65 anos, se homem. Atualmente, a idade para aposentadoria compulsória é de 73 anos (regra de transição para que se chegue aos 75 em dezembro de 2025).

A remuneração no exterior é sempre paga em dólar.

Depende. A autorização para trabalho dos dependentes do servidor baseia-se em acordo bilateral do Brasil com aquele país, portanto, a resposta varia caso a caso. No entanto, pode ser necessário revalidação de diploma ou conclusão de curso adicional para o exercício de certas profissões, especialmente na área da saúde.

A princípio, são considerados dependentes cônjuge e filhos menores de 21 anos (a idade sobe para 24 anos, se estudantes). Todavia, a lei prevê que enteados, pais e mães que sejam dependentes economicamente e estejam devidamente cadastrados nos assentamentos pessoais do servidor também podem acompanhá-lo em sua remoção.

Sim, desde que dependentes do servidor.

Sim, desde que dependentes do servidor.

Deveria haver, mas não há. Aliás, acho que essa é a principal reclamação dos servidores do SEB em geral e ela faz muito sentido. A depender do país em que o servidor está lotado, optar pela escola pública é impossível em razão da língua local, sem contar os demais prejuízos pedagógicos decorrentes da mudança frequente do método de ensino. Sendo assim, muitos ficam “presos” às escolas internacionais, as quais cobram mensalidades altíssimas. Quem tem mais de 1 filho não pode, em razão dessa realidade, servir em diversos países, pois o salário seria insuficiente para pagar escola e contas básicas.

Quem já teve a oportunidade de morar fora do país sabe que essa vida tem um preço. Saudades, choques culturais, sensação de ser um eterno forasteiro, dificuldade para realizar tarefas básicas, solidão, entre outros sentimentos são comumente relatados. É preciso ter perfil para ser feliz como membro do serviço exterior.

Não, infelizmente. Essa possibilidade ajudaria muito na adaptação da família, mas, por outro lado, pode ser considerada uma prática nepotista.

Certos postos contam com adidâncias (RFB, PF, Abin, militares, etc), o que possibilitaria a alteração da sede em conjunto, mas são casos bastante singulares. Outra possibilidade de manutenção da carreira seria a opção pelo teletrabalho, o que já foi reconhecido como um direito do servidor nesses casos, de acordo com decisões recentes. Exemplo: https://www.metropoles.com/colunas/grande-angular/casado-com-diplomata-procurador-federal-podera-trabalhar-do-japao?amp&fbclid=IwAR2S4ZyAj6XzunaJDszasfOHJb3M4GOrBpDy5nmBBt4nv-7nFwSijxNImgY).

Pode, mas o MRE não fornece nenhum tipo de apoio nesse sentido. Todos custos e burocracias ficam a cargo do servidor.

A idade máxima para ingresso na carreira é aquela definida para a aposentadoria compulsória (atualmente 73 anos), então não se preocupe com isso. Ademais, diferentemente da carreira diplomática, a classe do oficial de chancelaria pouco importa para a assunção de funções de maior ou menor importância. A progressão de carreira implica tão somente em aumento salarial, então não se limite pela sua idade.

Fluência oral, não. Entretanto, é necessário conhecer a língua a ponto de compreender textos complexos e escrever bem. Sem dúvidas, essa é a maior barreira da prova, mas é possível partir do zero e ainda assim ser aprovado – mesmo que você não seja capaz de pedir uma pizza por telefone em inglês.

Absolutamente não. Na verdade, isso somente é possível de ser alcançado em concursos muito simples, com editais pequenos e sem grande profundidade teórica. Uma boa prática para qualquer concurso é preparar-se razoavelmente para o maior número de tópicos do edital, e somente depois aprofundar-se em temas específicos. Pense comigo, o que adianta você ser um especialista em Contabilidade e não saber nada de Direito? Além disso, a utilidade marginal das horas de estudo em cada matéria é decrescente, ou seja, você precisa estudar cada vez mais horas para ganhar cada vez menos pontos.

É claro que ter boas condições financeiras é importante em qualquer aspecto da vida. Em um cenário ideal, o candidato não precisa trabalhar e tem recursos infinitos para investir na sua preparação. Mas, paradoxalmente, a maioria dos aprovados na minha turma trabalhava e não gastou rios de dinheiro com cursos e mais cursos. Isso porque a principal qualidade de um bom candidato é saber estudar por conta própria. Um bom curso te dará um ponto de partida, mas somente as suas horas de estudo solitário é que trarão a sua aprovação, e, para isso, uma boa apostila e alguns livros usados são mais do que o suficiente.

Não há impedimento legal para tatuagens, mesmo que em lugares visíveis.

O Itamaraty é um reflexo da sociedade brasileira e ainda há, portanto, muito a avançar, mas o MRE tem uma longa tradição de diversidade e acolhimento, até pela natureza das suas carreiras públicas, incluindo a de oficial de chancelaria. Nos últimos anos, o órgão tem feito esforços para combater e erradicar casos de assédios e de preconceitos. As famílias de servidores homoafetivos desfrutam de direitos iguais às famílias heteronormativas com relação a temas como inclusão em planos de saúde e credenciamento no exterior.

Recentemente, o Itamaraty criou comitês de gênero, étnico-racial, de pessoas com deficiência e de pessoas LGBTQIA+ com objetivo de discutir temas relacionados à promoção de diversidade e inclusão. Dois desses comitês são coordenados por oficiais de chancelaria.

Isabela D’Ávila Vieira