O resumo é uma condensação fiel dos fatos e ideias contidos no texto. Nas provas de espanhol e francês, por exemplo, o resumo corresponde a metade dos pontos e também é cobrado nas de Línguas Portuguesa e Inglesa.

O resumo é, portanto, uma das macrocompetências linguísticas de maior peso para sua aprovação: a soma dos pontos dos exercícios de resumo dos quatro idiomas cobrados no CACD é de 85 pontos. Isto significa que apenas o domínio desta técnica vale quase tanto quanto a prova de Política Internacional, Economia, Direito, etc.

Além disso, a prática do resumo trabalha primordialmente a semântica (aplicação de novo vocabulário e propriedade), a paráfrase, a coesão e coerência textuais e a consolidação das normas de gramática, além de desenvolver a aptidão mecânica de escrever um texto longo, tão útil na fase discursiva de todas as matérias.

Não há um padrão rígido de elaboração de um resumo. Adotam-se algumas boas práticas que têm gerado excelentes resultados para os aprovados:

• A extensão do resumo não será maior que 50% da do texto original (idealmente 35%);
• Tenha em mente que o resumo é uma condensação fiel dos fatos e ideias contidas no texto;
• Respeite a ordem das ideias do texto;
• Seja impessoal e evite adjetivação que possa transmitir de forma equivocada a intenção original do autor ou refletir seus próprios julgamentos e opiniões;
• É légítimo manter termos e expressões-chave que exprimem a intenção e as ideias genuínas do autor;
• Evite reproduzir trechos do texto. Se o fizer, use as aspas;
• Exclua de seu resumo os exemplos, citações, detalhes e divagações feitas pelo autor;
• Esteja atento à coesão, coerência e unidade do texto;
• Não faça deduções que o levem a incluir informações ou ideias que não estavam no texto de referência;
• Procure, se possível, manter o mesmo número de parágrafos;
• Mantenha o tempo verbal e as pessoas;
• Atente para os tópicos frasais e as relações lógicas entre as frases e entre os parágrafos.

A proficiência no resumo traz benefícios, ainda, ao estudo das outras matérias, as de conteúdo: a produção de resumos e fichamentos é extremamente eficiente, como técnica de estudo, para condensar o quase interminável conteúdo do edital programático de História, Geografia, Política Internacional, etc. O valor da leitura de seus próprios resumos, na reta final da prova, é inestimável.

A técnica do resumo será trabalhada ao longo de todo o curso, tanto em aulas específicas, quanto em atividades complementares. Os professores do curso abordarão várias dessas boas práticas de construção do resumo em suas aulas.

A competência de produzir uma versão de um texto em uma língua estrangeira tem peso significativo no CACD. Nas provas de Línguas Espanhola e Francesa, por exemplo, esse exercício vale metade dos pontos, e em Inglês, 20 pontos.

A diferença entre uma versão de um texto e uma tradução, no contexto do CACD, é o idioma alvo. A versão, pede que o candidato reescreva em inglês, francês ou espanhol um texto escrito originalmente em português. É o exercício mais temido entre os candidatos, pois, como dito, as provas de idiomas têm uma natureza defensiva: os erros cometidos são penalizados em uma razão maior do que os acertos são premiados.

Desse modo, durante a produção de uma versão, as preocupações mais presentes do candidato devem ser:

• Evitar erros de gramática, inclusive de ortografia;
• Manter a coerência da variação linguística adotada: se usou vocabulário ou ortografia próprio de uma determinada variação linguística (inglês americano, espanhol argentino, etc.), atenha-se ao mesmo registro em todo o texto;
• Ser fiel ao registro de linguagem da versão original: não use uma linguagem ou uma construção sintática informal ou literária para traduzir um trecho formal, e vice-versa;
• Exprimir as ideias por meio de linguagem que produza, na medida do possível, a mesma carga semântica.

Cabe ressaltar que as produções de uma versão e de uma tradução, embora sejam exercícios aparentemente similares, guardam diferenças significativas entre si. O treino de apenas uma dessas modalidades não trará, ao contrário do que se pode pensar, o domínio completo da outra. Por isso, ambas as variações devem ser praticadas isoladamente.

O domínio do idioma-alvo é, portanto, determinante na qualidade de sua versão. Ela põe a prova seu conhecimento ativo do léxico estrangeiro e das estruturas gramaticais.

As aulas dos cursos de idiomas trabalharão, ao longo de todo o programa, as boas práticas específicas tanto para a produção de uma versão no idioma-alvo, quanto da tradução para o português.

A gramática é cobrada em todas as questões de idiomas do CACD.

No caso de Língua Inglesa, mesmo na fase objetiva, o conhecimento de gramática é essencial para decodificar o texto de referência, além de, obviamente, resolver as assertivas que propõem versões de reescrita de trechos do texto ou que cobram o conhecimento de regras de gramática específicas.

Na fase discursiva — que é de natureza defensiva, ou seja, você é mais penalizado pelos erros do que premiado pelos acertos —, o domínio proficiente da gramática é cobrado diretamente nos exercícios de resumo e versão (em francês e espanhol) e sobretudo na redação (em inglês).

Não há, ao menos na fase discursiva, um exercício de gramática nos moldes daqueles que estamos acostumados a ver no colégio ou nos cursos de idiomas tradicionais, que cobram diretamente o conhecimento dessa ou daquela regra. O conhecimento que é exigido é o da gramática aplicada ao uso ativo do idioma, cujo desenvolvimento eficiente se dá por meio da prática de exercícios de natureza análoga.

Para o treino da gramática, os cursos do Ubique trarão exercícios que trabalharão as regras tanto de maneira incorporada à prática das competências linguísticas ou isoladamente, com vistas à fixação de regras específicas.

Para aprofundar seus conhecimentos das regras gramaticais, além de fazer os exercícios propostos no curso, o candidato pode fazer uso de livros de gramática tradicionais, bem como de gramáticas comparativas de dois idiomas, tais como:

Língua Francesa:

Grammaire Progressive du Français, CLÉ.

Língua Inglesa:

Essential Grammar in Use, Cambridge;

How English Works, Oxford;

Advanced Learners' Grammar, Longman.

Língua Espanhola:

Gramática básica del estudiante de español;

Gramática de espanhol para brasileiros, Saraiva;

O conhecimento da semântica é um requisito importante para superar todas as etapas do CACD.

A primeira etapa cobra o vocabulário passivo da Língua Inglesa e sua capacidade de analisar paráfrases, bem como suas noções de sinonímia e antonímia e polissemia. Ter um vocabulário rico também é fundamental para a decodificação dos textos de apoio e para a resolução das assertivas de interpretação e compreensão de textos.

A etapa discursiva exige, por sua vez, não só um repertório rico em palavras, expressões idiomáticas e locuções comunicativas (as famosas frases feitas), mas também a propriedade da linguagem na aplicação desses vocábulos no idioma-alvo. O candidato precisa saber o contexto e o registro linguístico em que pode ser utilizado o vocabulário que conhece.

Por isso, vale a pena investir tempo e esforço, sempre que tiver a oportunidade, no aprendizado de hiperônimos (palavras de significado mais abrangente), de hipônimos (aquelas de significado mais restrito), de sinônimos e dos falsos amigos (palavras de grafia semelhante, mas de significado distinto). É importante ainda estar sempre atento à ocorrência das colocações (semi-frasemas, ou a combinação frequente ou usual de palavras) e padrões sintáticos (em inglês, conhecidos como colligations). Perceba esses padrões e procure incorporá-los em seu vocabulário ativo.

O exercício de versão tem um complicador: você precisa quase sempre conhecer o termo mais exato possível para exprimir a ideia original, em português, no idioma alvo. Por exemplo, se você precisa traduzir a oração "começou a sair fumaça do cano de escape" e não conhece a versão inglesa equivalente da expressão em destaque, terá que se valer de alguma estratégia de tradução, a fim de evitar a perda significativa de pontos, como a substituição por um hiperônimo, sinônimo ou até uma paráfrase da oração.

Por tudo isso, os professores Ubique explorarão, durante a aula, os elementos da semântica relacionados ao texto que você trabalhou, de maneira a ampliar seu repertório de palavras e expressões idiomáticas estrangeiras e sua competência na aplicação delas ao contexto mais adequado.

A leitura e a compreensão e interpretação de textos são basilares para o desenvolvimento das demais competências linguísticas. Embora as provas de Língua Francesa e Espanhola não apresentem exercícios do formato de compreensão de textos, é impossível escrever um resumo sem compreender bem a mensagem princípal transmitida pelo autor.

Na prova de Língua Inglesa, a leitura eficiente e a decodificação da mensagem (compreender e/ou interpretar) são aptidões presentes em ambas as etapas, isto é, sua desenvoltura nestes quesitos é avaliada em questões objetivas e discursivas.

A leitura, embora muitos discordem, não é — e não pode ser — atividade passiva. Quem passou na prova e hoje é diplomata sabe disso. É impossível dar conta de todo o conteúdo necessário para a aprovação no CACD sem ter desenvolvido técnicas de leitura ativa.

A abordagem ativa convida o leitor a estar vigilante para notar as sutilezas no emprego da linguagem na língua estrangeira; introjetar as estruturas morfossintáticas poucos usuais; fazer inferências quanto à aplicação de regras gramaticais; identificar o uso corrente das collocations, colligations, falsos amigos, etc.; reter mais informação; e analisar a mensagem à luz objetivo da questão.

Seguem alguns elementos que integram uma abordagem ativa da leitura. Por razões de tempo, não será possível no momento da prova aplicar todas as recomendações abaixo. Elas devem fazer parte, contudo, de sua rotina de estudos, que é o momento em que você constrói o leitor que será no momento da prova:

• A eficácia da leitura é proporcional à quantidade de esforço aplicado a ela. Por isso, marque o texto, anote pensamentos, reflita, sublinhe e questione as ideias do autor.
• Comece com uma inspeção do material, de maneira a atiçar sua curiosidade. Faça um sobrevoo no texto, uma leitura exploratória, com o objetivo de mapear as partes dele (títulos, seções)
• Crie algumas perguntas exploratórias. Antes de ler o texto com mais atenção, que questionamentos você gostaria de ver respondidos?
• Extraia a essência das ideias do autor, já que ele sempre deixa pistas do que considera mais relevante para ser captado por você. Analise a linguagem que ele usa e observe os termos preferidos e as ideias principais de seu pensamento.
• Explique o que leu. Embora não seja uma atividade de leitura, representa o produto final daquilo que realmente ficou em você.
• Critique o texto e compare algumas de suas ideias com aquelas de outros autores, se possível. Busque inconsistências, pontos de discordância, incongruências, etc.
• Depois de ler tudo, certifique-se de que você consegue responder as perguntas exploratórias que criou antes da leitura.

No curso de idiomas Ubique, cada aula traz novas oportunidades de leitura de textos em língua estrangeira com objetivo da prática tanto da habilidade de interpretação e compreensão textual quanto das competências linguísticas relacionadas com a leitura e cobradas na prova, a saber, o resumo, as traduções, a redação, a gramática e a interpretação. O objetivo principal será sempre tornar você mais competitivo do que era antes da aula em todos os fundamentos linguísticos exigidos pela banca do CACD.

A tradução de um texto em inglês para português é o exercício mais subestimado da prova de Língua Inglesa.

Embora aparentemente mais fácil do que a versão, ao abster-se de treinar essa competência linguística específica, o candidato pode deixar na mesa alguns pontos valiosos.

A principal especificidade do exercício de tradução é sua natureza passiva no idioma estrangeiro e ativa na língua mãe. O texto de referência precisa ser bem decodificado e a peça traduzida deve imprimir a mesma carga semântica, registro da linguagem e pertinência vocabular do original. Em termos leigos, o texto final deve soar natural ao ouvinte do idioma alvo.

Vou dar um exemplo em espanhol, que pode fazer mais sentido. Na Espanha, a palavra "estupendo" é corriqueira e familiar. Embora exista em português, seu uso é mais formal e até literário. Um texto em espanhol que contivesse a frase "¡Qué estupenda esa peli!" seria mais bem traduzido por "Que filme bom/bacana/legal!". Veja que não só a palavra "estupenda", que existe em português, foi preterida por bom, bacana ou legal, mas também a construção sintática foi modificada de maneira que a frase soasse mais natural no idioma alvo.

Esse é o tipo de sutileza a que o estudante de um idioma estrangeiro precisa estar sempre atento. As aulas de tradução chamarão a atenção, sempre que possível, a essas particularidades desse gênero de exercício.

O texto dissertativo (ou redação) é o exercício mais complexo da prova de Língua Inglesa e também o que vale mais pontos: 50 dos 100. Nele, são avaliados o seu conhecimento de gramática, a qualidade e a propriedade no emprego da linguagem, sua capacidade de análise, de reflexão, de organização, de estruturação e de desenvolvimento de ideias.

Para uma boa aplicação dos aspectos linguísticos tratados nos itens acima, as seguintes qualidades devem ser igualmente almejadas em um texto dissertativo:

• Coesão: a busca pelo o encadeamento ordenado e harmonioso e entre os parágrafos (ideias). A coesão textual se dá pelo uso de conectivos, que estabelecem as relações lógico-sintáticas das ideias expressas no texto.
• Coerência: refere-se ao conteúdo do texto, que deve ser claro e preciso.
• Clareza: a eliminação de ambiguidades e a escolha vocabular precisa para cada ideia.
• Unidade: o texto aborda um único tema por meio de uma narrativa que tem começo, meio e fim.
• Concisão: frases mais curtas são preferíveis às mais longas. Não se diz mais do que se precisa, sob pena de correr o risco de cometer erros.

Por último, vale lembrar que o estilo é um elemento fundamental na composição de um texto (que é, antes de tudo, uma peça de persuasão), que também faz parte da matriz de avaliação da redação do CACD. De nada adianta produzir um texto estruturalmente correto, com boas ideias e gramaticamente correto se sua leitura é pesada, monótona e desinteressante.

Seguem, portanto, algumas dicas para melhorar o estilo de seu texto:

• Escreva com simplicidade. Não tente impressionar o examinador com polissílabos que só você conhece ou com palavras obscuras, de sentido impreciso.
• Escreva naturalmente, como se estivesse conversando, mas respeitando o registro formal do idioma.
• Seja preciso na linguagem. Evite clichés, chavões, neologismos, estrangeirismos, palavras vazias ou expressões carregadas de ideologia.
• Use com parcimônia as figuras de sintaxe, inversões e outros recursos para causar os efeitos estilísticos (de ênfase) desejados.
• Comece o texto com uma tese e seja capaz de demonstrá-la com fatos, argumentos e análises interessantes.
• Escolha bem os verbos, substantivos, advérbios e adjetivos. Os verbos e substantivos é que são os elementos mais fortes do texto, ao contrário dos adjetivos e advérbios.
• Fique atento para não quebrar o paralelismo sintático, que é o encadeamento de funções sintáticas idênticas ou de orações de valores sintáticos iguais.

Aprenda um pouco mais sobre as boas noções de estilo em Língua Inglesa nos clássicos The Sense of Style, de Steven Pinker, e On Writing Well, de William Zinsser. Em Língua Portuguesa, um excelente começo seria o Comunicação em Prosa Moderna, de Othon Garcia, que jamais saiu de moda.

Os últimos editais trouxeram apenas questões objetivas de Língua Inglesa. Trata-se de um exercício de julgamento de assertivas como verdadeiras ou falsas, de acordo com o enunciado da questão, normalmente precedido de um texto motivador, muitas vezes longo, que exigirá, ainda, o domínio de estratégias de leitura rápida.

As questões objetivas de inglês em geral cobram as seguintes microcompetências de leitura:

• A interpretação ou compreensão do texto com perguntas que avaliam a inferência de ideias ou pedem a simples identificação de informações específicas.
• A reescrita de trechos que, por sua vez, exige conhecimento de vocabulário e das regras gramaticais aplicadas na versão sugerida.
• Semântica, que cobra diretamente o significado de palavras ou expressões idiomáticas, bem como noções de sinonímia, antonímia, paronímia, heteronímia, homonímia, hiperonímia, hiponímia.
• Regras específicas de gramática, embora pouco frequentes.

Para ter um desempenho alto na primeira fase, o candidato precisa ter um vasto vocabulário passivo, que se adquire, entre outros métodos, pela leitura habitual, o conhecimento da gramática do idioma, a capacidade de ler rápido, por conta do tempo de prova, e a prática mecânica de resolução de questões.

As aulas de inglês do curso de idiomas Ubique trarão, em bases regulares, questões objetivas no formato da prova para garantir que você tenha treino suficiente para se tornar mais competitivo a cada dia que passa.